Quando nascemos nossas mães fazem de tudo para sermos gordinhos, porque só um bebê gordinho é considerado bonito e saudável. Na medida em que a criança vai crescendo, se está magra, todo mundo olha e diz “esse menino ou menina está doente, é muito magro!” Agora me diga você, porque quando somos grandes temos que parecer um graveto pra ser considerado bonito, ou ter um corpo malhado, sem capa de gordura para sermos padrão de beleza ou termos saúde?
Não faço apologia à obesidade. Mais do que ninguém sei das dificuldades que um corpo sedentário e acima do peso pode propiciar, mas é preciso mudar o preconceito que temos em relação o nosso corpo.
Esses dias estava assistindo uma edição do programa do “Chacrinha”, exibido pela TV Globo no anos 80, famoso porque apresentava lindas dançarinas intituladas como “Chacretes” em sua programação. Vocês já deram uma olhada no corpo dessas moças?
Não eram gordas, nem magras, nem malhadas, eram reais!!! Porque beleza naquela época não era medida pelo tamanho do seu manequim!
Meu filho de 8 anos chegou um dia desses da escola dizendo que não queria ir a aula no dia seguinte! Perguntei por que e ele me disse que o chamam de gordo na escola. Apesar de triste, ele me disse que gostava de ser parecido comigo.
A palavra “gorda (o)” assim como “magro (a)” deixa de ser uma simples palavra quando é usada para ofender alguém. Aí me pergunto, porque as crianças, ainda tão pequenas são ensinadas a ver os outros já com tanta diferença e preconceito? Porque vem de casa! É um ciclo vicioso e gordofóbico que nossa sociedade vive!
Existe preconceito no magro que não aceita o gordo, do gordo que não aceita o magro e nem o menos gordo. A gordofobia esta presente até em quem é gordo!
As diferenças nos faz sermos quem somos; e é por isso que nos tornamos especiais e únicos.
Talvez, este preconceito só deixe de existir quando realmente aprendermos a nos olhar com respeito, com amor próprio e com confiança.
E você, se aceita do jeito que é?
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